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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Patologias em Pilares de Concreto Armado


Tipos mais comuns de Patologias em Pilares de Concreto Armado

1 Conceito de patologia de estruturas de concreto armado


O crescimento muito acelerado da construção civil provocou a necessidade de inovações, trazendo também a aceitação de certos riscos, que demandam um maior conhecimento sobre estruturas e materiais. Esse aprendizado provém das análises dos erros acontecidos, que têm resultado em deterioração precoce ou acidentes. Apesar disto tudo, tem sido constatado que algumas estruturas acabam por ter desempenho insatisfatório, confrontando-as com os objetivos as quais se propunham (SOUZA E RIPPER, 1998).
Entende-se por Patologias do Concreto Armado a ciência que estuda as causas, mecanismos de ocorrência, manifestações e consequências dos erros nas construções civis ou nas situações em que a edificação não apresenta um desempenho mínimo preestabelecido pelo usuário.




2 Patologias em Pilares de Concreto Armado

  2.1 Patologias geradas na etapa de concepção da estrutura (projeto)

 A inobservância das normas pode provocar várias patologias e riscos para integridade dos Pilares de Concreto Armado e nos demais componentes da estrutura.

Essa patologias podem se originar durante o estudo preliminar (lançamento da estrutura), na execução do anteprojeto, ou durante a elaboração do projeto de execução, também chamado de projeto final de engenharia (Ripper, 1998).
A inobservância das normas pode provocar várias patologias e riscos para integridade da estrutura.
Essa patologias podem se originar durante o estudo preliminar (lançamento da estrutura), na execução do anteprojeto, ou durante a elaboração do projeto de execução, também chamado de projeto final de engenharia (Ripper, 1998).
Exemplos dessas patologias:
• elementos de projeto inadequados (má definição das ações atuantes ou da combinação mais desfavorável das mesmas, escolha infeliz do modelo analítico, deficiência no cálculo da estrutura ou na avaliação da resistência do solo, etc.);
• falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, bem como com os demais projetos civis;
• especificação inadequada de materiais;
• detalhamento insuficiente ou errado;
• detalhes construtivos inexequíveis;
• falta de padronização das representações (convenções);
• erros de dimensionamento, como vimos figura 01 abaixo há um excesso de aço;
 

 2.2 Patologia gerada na fase de utilização da estrutura (manutenção) 

  Para uma estrutura apresentar um bom desempenho deve ser observado o correto uso para a qual foi projetada, especialmente quanto aos carregamentos e possível presença de materiais ou elementos agressivos ao concreto armado. Um adequado planejamento e manutenção periódica deve observado. Problemas patológicos ocasionados por manutenção inadequada, ou pela falta de manutenção, têm sua origem no desconhecimento técnico, na incompetência e em problemas econômicos

 

2.3. Carbonatação e Oxidação de Armaduras

A carbonatação é um dos mecanismos mais decorrentes De deterioração do concreto armado. O dióxido de carbono (CO2) presente no ar penetra nos poros do concreto e reage com o hidróxido de cálcio formando carbonato de cálcio (CaCO3) e água. Este processo é acompanhado pela redução da alcalinidade do concreto.
Em concreto de mediana qualidade observa-se que a velocidade da carbonatação varia entre 1 e 3 mm por ano (SILVA, 1995). Observa-se que a intensidade da corrosão devido à carbonatação é influenciada pela espessura do cobrimento, sendo que a corrosão inicia-se nas armaduras onde as espessuras da camada de cobrimento são menores. Com a carbonatação, as armaduras se tornam mais vulneráveis como se verifica pela figura 1 abaixo.

 
Patologia Pilares de Concreto Armado carbonatação cobrimento
Fig 1 -Detalhes Pilar concreto Armado

Fonte: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ISMS-6ZNRER/disserta__o_mestrado_jos__eduardo_de_aguiar.pdf?sequence=1




Basicamente os parâmetros que influenciam a penetração de cloretos são os mesmos para a penetração do CO2 (gás Carbônico). O tipo de cimento utilizado influencia a concentração de cloros, tendo aqueles com teores mais elevados de C3A (aluminato tricálcico) desempenho superior aos cimentos com baixos teores de C3A (ANDRADE, 1992).

As fissuras no concreto favorecem a penetração dos cloretos, sendo que velocidade depende da abertura das fissuras e da qualidade do concreto, conforme figura 2 abaixo.





 
Patologia Pilares de Concreto Armado ataque cloretos cobrimento

Figura 2 – Esquema deterioração da armadura Pilar Concreto Armado


   Fonte: Helena, P.R.L,1986


 2.4. Ninhos de concretagem/segregação do concreto


  Nesta patologia ocorre uma separação visível dos agregados, como observado na figura 03 abaixo.  Há espaços não preenchidos pela nata de cimento entre os agregados.

Esta situação provocada pelo excesso ou deficiência de compactação do concreto; pelo excesso ou falta de água na mistura do concreto; dimensão máxima característica do agregado maior que o espaçamento da armadura (CARNEIRO,2004).

 
Patologia Pilares de Concreto Armado carbonatação cobrimento segregação agregado

Figura 3 – Detalhe da segregação do concreto no Pilar

Fonte: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ISMS-6ZNRER/disserta__o_mestrado_jos__eduardo_de_aguiar.pdf?sequence=1

 

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